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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO


“Faz tudo isso porque é filho do pastor.”... “Só por que é o filho do pastor, sabe tocar todos os instrumentos e tem todos os dons.”... “Pense numa criança rebelde.”...”O pai só não ver as coisas que o filho faz”...”Só podia ser o filho do pastor”.”Esse filho do pastor é um chato”.



Quem já não ouviu frases como estas? Palavras como: indisciplinado, confuso, desobediente, amostrado, sabe-tudo, hiperativo, insolente e até insuportável, são palavras que norteiam a vida “cansável” e cobrada de filho de pastor. É bem verdade que por nascer em um lar de intensas atividades e no meio de muita gente, o filho do líder evangélico já cresce sem privacidade, sem ter um tempo dedicado especificamente para ele, até porque os pais sempre estão envolvidos em muitas das atividades do ministério.
O desejo de escrever este livro nasceu de uma longa experiência de vida como filho de um homem de Deus, que através de seu ministério e ensinamentos, deixou um legado de vida e testemunho fiel a Cristo. Mas, deixou também filhos que viveram nas décadas passadas, a difícil caminhada rotulada de “filhos de pastor” e que como milhares, são vistos com olhos que quase sempre não são os de Cristo. Ser filho de um ministro eclesiástico é ser visualizado pelo olhos da impaciência ou da intolerância, pelos olhos dos acusadores gospel de plantão.
Para facilitar o entendimento, de agora por diante chamaremos o personagem principal das nossas histórias de FDP (filho de pastor). Mas você pode estar perguntando nesse momento porque FDP? Como sempre fui muito andarilho nos caminhos da internet e por conseqüência visitante e criador de comunidades do Orkut, encontrei uma comunidade com esse nome e que reúne filhos de pastores, com as suas mais engraçadas histórias de vida. Daí, surgiu a idéia de escrever esse livro autobiográfico, utilizando essas iniciais.
Geralmente, o indivíduo caracterizado como FDP, é utilizado como a grande oportunidade de muitos se vingarem do homem que fez alguma exortação a alguém e essa pessoa não recebeu com amor a palavra proferida. Ele é a figura ideal para que possam expressar sentimentos escondidos no mais profundo interior, é a oportunidade de imputar no outro a falta de compromisso no reino de Deus ou a alegria de ter achado um “bode expiatório” para justificar a inércia que se esconde por trás de muitos na igreja. O FDP é o melhor alvo para projetarmos aquilo que somos e não temos coragem de expressar, aquilo que queremos fazer de ruim e não temos coragem de assumir, então é mais fácil acusar alguém que nos parece ser tão emblemático. Afinal de contas, na concepção da grande maioria, quem teoricamente pratica todas as mazelas da igreja local é o bendito FDP.
O que será que esse ser tão amado por alguns e perseguido por tantos tem a nos ensinar? Convido você a fazer essa viagem reflexiva e tenho certeza que muitos se identificarão com algumas histórias engraçadas, algumas traumatizantes, outras até interessantes, mas que nos chamam atenção para o fato de que o FDP é igual a qualquer outra pessoa, é gente como a gente.

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